Como a Internet das Coisas facilitou a vida de usuários e empresas, ao mesmo tempo em que trouxe mais riscos
A IoT (Internet das Coisas) está presente tanto na sua geladeira smart como em sistemas complexos e inteligentes, que gerenciam cadeias de empresas ou iluminação pública de uma cidade, por exemplo. Porém, com as inúmeras facilidades vindas da presença da IoT nas vidas das pessoas, também vieram mais riscos relacionados à cibersegurança.
É fato que o uso ampliado e os benefícios que deslumbram o mundo recente também aumentaram os riscos de segurança com a IoT. Qualquer dispositivo que esteja conectado à internet pode ser uma porta de entrada para a má intenção e o crime e, em consequência, para as informações confidenciais contidas nos dispositivos.
A verdade é que a IoT expandiu a superfície de ataques cibernéticos e, por isso, é tão importante investir em segurança para evitar ou, ao menos, minimizar os problemas.
O que é IoT?
Em linguagem bem simplória, IoT é uma gigantesca rede de “coisas” conectadas (máquinas e pessoas) que formam um relacionamento entre coisas-coisas, coisas-pessoas e pessoas-pessoas.
A IoT engloba a rede de objetos físicos incorporados a softwares, sensores e outras tecnologias com o objetivo de trocar dados e conectar outros dispositivos ou sistemas pela internet. Esses dispositivos podem ser relógios, máquinas de cartão, tablets, aparelhos médicos, computadores, veículos, máquinas ou ferramentas industriais sofisticadas.
A IoT Industrial (IIoT) descreve essa rede interligada aplicada em ambientes industriais, principalmente quando se fala em controle e instrumentação de dispositivos e sensores que envolvem tecnologia de nuvem.
Atualmente, são mais de 10 bilhões de dispositivos IoT conectados, número que deve chegar a 22 bilhões até 2025.
Como a IoT funciona?
Nas últimas décadas, o acesso à internet deixou de ser um privilégio de poucos para se tornar amplo e mais democrático, o que possibilitou a criação de mais dispositivos com recursos de conexão sem fio (Wi-Fi). Mais sensores foram sendo incorporados aos objetos e máquinas não mais relegadas à indústria, mas sim ao dia a dia de todos. O uso de dispositivos smarts se popularizou e o cenário perfeito para a IoT foi estabelecido.
Quando um dispositivo ou máquina está conectada à internet, ela pode enviar e receber informações, o que pode tornar as coisas “inteligentes” sem necessidade de uma grande capacidade de armazenamento ou processamento. O fundamental é estar conectado a outros dispositivos que possuem a mesma capacidade.
Portanto, a IoT coleta informação e envia; recebe informação e age sobre ela; coleta e recebe informações, com certo nível de interpretação graças aos algoritmos. Ela fornece às empresas e às pessoas uma compreensão e um controle sobre os objetos e os ambientes em que estão inseridos física ou virtualmente. Dessa forma, a IoT facilita a conexão entre empresas e pessoas para tomada de decisões de toda natureza, em tempo real.
Sim, a IoT se tornou uma das tecnologias mais importantes do século 21, revolucionando as relações entre pessoas e máquinas, ressignificando a comunicação. Graças à tecnologia de baixo custo (nuvem, big data, realidade aumentada etc.), é possível compartilhar e coletar dados com o mínimo de intervenção humana, criando um mundo hiperconectado. Os sistemas digitais gravam, monitoram e ajustam cada interação entre conectados, num encontro ideal entre o digital e a sinergia de trabalho.
Como benefícios, a IoT reduz desperdícios, custos e inconvenientes, expandindo o ecossistema das empresas e as possibilidades de relação das pessoas. Como riscos, a oferta de dados sendo transmitida a todo instante, em todos os lugares, cria o ambiente perfeito para criminosos.
Riscos de usar a IoT
Com a IoT, todo mundo está conectado. Estar num mundo cibernético não o isenta de falhas e até cria um “nicho de mercado”: pessoas que ganham dinheiro criando ferramentas para explorar as falhas do sistema.
A segurança fica a cargo do usuário, o que não seria difícil se boa parte das pessoas ao menos entendesse o que significa viver no mundo da IoT. Um estudo de 2018 publicado pela Norton LifeLock Cyber Safety demonstra que 34% dos brasileiros sequer sabem que seus aparelhos de casa fazem parte da IoT e podem ser atacados por criminosos. A falta de informação clara e inteligível para essas pessoas aliada ao descuido cria um ambiente favorável aos crimes cibernéticos.
Além dos usuários comuns, pequenas empresas e até jovens startups cometem alguns erros relacionados à cibersegurança, colocando em risco sigilos comerciais e negócios importantes, resultando em: fraudes, furtos e apropriações indevidas de propriedade intelectual, entre outros problemas.
Existe uma base de dados enorme não criptografada e pouco protegida no universo empresarial. Mas nem grandes empresas escapam dos riscos da IoT. Recentemente, o Facebook armazenou cerca de 600 milhões de senhas de usuários em texto puro, resultando num dos maiores vazamentos de dados da história.
A importância da segurança para a IoT
Nunca ignore ou menospreze a capacidade dos cibercriminosos em burlar os sistemas. Por mais que os dispositivos possam parecer pequenos ou específicos demais para oferecerem riscos a usuários ou empresas, qualquer aparelho conectado à internet é passível de ser explorado por agentes não autorizados.
A prevenção é imprescindível para a cibersegurança, até porque existem níveis de vulnerabilidade. Um aparelho ou máquina comprometida pode ser usado em diversas ações, desde transmissão de dados financeiros, passando por abertura de fechaduras e controle de câmeras de segurança, até a difusão de segredos de justiça ou de diplomacia.
Os danos podem ser muitos, superficiais ou fatais para algumas organizações. Se uma rede for infectada por meio de um único dispositivo, os cibercriminosos podem conseguir invadir outros aparelhos em série, tendo acesso a milhares de informações privadas, como é o caso de crimes bancários cibernéticos, tão comuns nos dias atuais.
Utilizar soluções em análise de dados pode garantir a cibersegurança de todos os dispositivos ligados à empresa. Entretanto, muitas organizações adotam essas tecnologias de monitoramento somente após um ataque acontecer.
Não caia nessa cilada! Conte com recursos de cibersegurança de maneira preventiva. A CelPlan possui soluções adequadas e os melhores profissionais para auxiliar você a definir os parâmetros de segurança mais indicados para o seu negócio.