A tecnologia avança a passos rápidos e impacta o comportamento e a rotina das pessoas. Os celulares são um dos exemplos mais claros dessa realidade, tendo se transformado em companheiros inseparáveis, que nos mantêm conectados à internet. E eles, por sinal, são protagonistas de uma importante virada tecnológica que estamos presenciando. Falamos da implantação da tecnologia 5G no Brasil.

O país já realiza testes em algumas capitais, e o leilão de frequências da Anatel está previsto para 2021. Nessa primeira fase de experimentação, os usuários já devem perceber um ganho de velocidade ao navegar na internet, mas ainda não estará disponível todo o potencial da nova tecnologia.

Quer entender o que tudo isso significa de verdade e quais serão os benefícios práticos? Siga lendo o nosso artigo!

Vamos entender a tecnologia 5G?

Quando se fala no contexto da telefonia e das redes móveis, em geral, a cada 10 anos, presenciamos uma mudança de geração. Tudo começou com aparelhos puramente analógicos e apenas utilizáveis para a voz. Era a chamada geração AMPS (Advanced Mobile Phone System).

Em seguida, vieram as aplicações de tecnologia digital – como TDMA e CDMA e depois GSM/GPRS/EDGE – que já permitiam transmissão de dados a baixas taxas. No passo seguinte, surgiu a geração WCDMA, que usava banda larga para voz e dados e, depois, evoluiu para o HSPA, com otimização da transmissão de dados.

A grande diferença da quarta geração residiu justamente nesse aspecto. Foi muito sensível o aumento da taxa de transmissão de dados. Isso porque o padrão de redes LTE (Long Term Evolution) já utilizava a tecnologia OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing), a mesma presente no Wi-Fi e que também permitia diferentes larguras de bandas, ou até mesmo a agregação de bandas.

No caso das aplicações mobile que dão base ao uso da tecnologia 5G, falamos da quinta geração, chamada New Radio, que utiliza a tecnologia OFDM. O ponto de destaque é a estrutura de quadro, com menor latência. Na prática, isso significa resposta muito mais rápida.

A confiabilidade é um ponto forte

Numa fase inicial, a 5G brasileira não se diferencia muito da rede 4G. A implementação se dá utilizando toda a infraestrutura já presente no 4G, com reaproveitamento de frequências liberadas de gerações anteriores, principalmente 2G e 3G. Outra possibilidade é o compartilhamento de banda com redes 4G, pela utilização do DSS (Dynamic Spectrum Sharing).

A mudança total no sistema de controle vai acontecer com a introdução do Stand Alone, que vai resultar numa latência muito menor que a do sistema 4G. Será uma velocidade bastante ampliada, por conta do aumento de banda, bem como pelas antenas inteligentes que direcionam a energia de rádio diretamente para o usuário, além do uso massivo do MIMO, um sistema de antenas de transmissão e recepção muito mais eficiente em atingir altas taxas de transmissão de dados.

Um dos grandes benefícios da tecnologia 5G, quando se atingir esse alto grau de maturação, é a confiabilidade; já que as estações de rádio base serão conectadas por fibra ótica. Como as áreas de cobertura de cada estação será menor, menos usuários serão afetados em caso de falhas ou inconsistências. E ainda haverá o reforço de sobreposição de cobertura, para garantir um serviço mais estável.

Quem será mais beneficiado?

Essas características associadas ao 5G tornam a tecnologia mais amigável para as aplicações industriais e também para os jogos em rede, ou por vídeo. Áreas muito favorecidas pelas redes 5G serão, por exemplo, a telemedicina, para cirurgias a distância; bem como os processos fabris que usam comandos de robôs.

Ou seja, a famosa Internet of Things (IoT), que diz respeito à integração e conexão de objetos via rede, será altamente impulsionada. Nesse sentido, é possível, ainda, visualizar as empresas de fornecimento de água e energia instalando medidores inteligentes, num processo benéfico para elas e os usuários.

Pensar em toda essa potencialidade da tecnologia 5G efetivamente operante no Brasil é um processo que depende da superação de alguns desafios. O leilão de frequências teve diversas postergações e, agora, está previsto para o primeiro semestre de 2021.

Também há pontos técnicos a acertar. Isso porque se constatou que os equipamentos e recursos tecnológicos inicialmente previstos poderiam interferir na TVRO (Television Receive Only). Algo que tem a ver com o fato de o Brasil ocupar um espectro de TVRO diferente de outros países. Aqui, utilizamos a banda C, o que dificulta a ocupação da faixa de 3.5 GHz pela tecnologia 5G.

Partiu-se, então, para testes com a instalação de filtros nas antenas parabólicas, verificando a redução da interferência. No entanto, ainda não foi possível chegar a uma solução; o que também vem atrasando o leilão da Anatel. Outra possibilidade é uma migração de banda que traria alguns incômodos econômicos, mas também aumentaria a taxa de transmissão.

A CelPlan e a tecnologia 5G

É um cenário de inovação tecnológica que exige empresas preparadas para colaborar com esse próximo passo das redes móveis. Por isso, a CelPlan dedica-se acompanhar o desenvolvimento das especificações do 5G desde o início da década de 2010, o que inclui entender as especificações 5G do 3GPP, para implementar as funcionalidades em suas ferramentas.

Essa é a base que permitiu que a CelPlan entregasse ao mercado o software de planejamento CelPlanner, que já contempla funções do 5G e possui modelo de propagação de sinais de radiofrequência para as novas bandas do 5G. Isso além do CellScanner, que demodula e mede os sinais do 5G.

Sair na frente e estar conectada às necessidades do mercado é algo que levamos por princípio. Nossa missão sempre foi o desenvolvimento de comunicação sem fio, desde a primeira geração, com estudo constante que nos faz preparados para as novas gerações, antes mesmo delas estarem disponíveis no mercado.

Por isso, os engenheiros da CelPlan participam de webinários e têm lido white papers e especificações do 3GPP sobre o 5G. Um caminho que nos faz prontos a atuar colaborativamente na consolidação brasileira da tecnologia 5G. Veja o exemplo de sucesso desse case de implementação de rede IoT e 5G, com a nossa assinatura.

E isso, sem deixar de olhar para frente. Afinal, há quem diga que o 6G poderá estar disponível antes de 2030.

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