Smart Energy rompe com o foco tradicional de produção e consumo de energia ao direcionar o setor para a economia de recursos e redução do impacto ambiental.
Pesquisas apontam que o consumo de eletricidade no planeta deve dobrar até 2050. Um crescimento impulsionado pela expansão da Indústria 4.0, Internet das Coisas, Big Data e carros elétricos, que tornarão nossa rotina mais dependente de energia em quantidade e qualidade. É aí que entra o conceito de Smart Energy para transformar a indústria do setor.
A energia inteligente nada mais é do que a otimização e o uso racional de energia. Isso envolve todo processo de geração, transmissão e distribuição, a fim de oferecer uma rede mais segura e sustentável ao consumidor, com tempos menores de interrupção.
No Brasil, esse mercado ainda engatinha, mas as utilities — como são chamadas as empresas envolvidas em toda a cadeia produtiva do setor elétrico — têm previsto grandes investimentos de olho na manutenção das concessões. Uma modernização mais do que necessária, uma vez que a falta de planejamento para a expansão das redes coloca em risco a economia do país.
Quer saber mais sobre a Smart Energy? Confira o artigo que preparamos para você!
O conceito de Smart Energy
Smart Energy é um conceito amplo e que envolve todo processo de geração, transmissão e distribuição da energia. Adaptando-se a ele, as concessionárias modernizam sua operação em diversas frentes, a fim de melhorar o controle do seu grid, incluindo automação da rede, telemetria, modernização de processos, segurança cibernética, entre outros.
Trata-se de um processo que tem como principal benefício, para as utilities, o maior controle da rede. É a garantia de alta estabilidade no grid, reduzindo custos operacionais e perdas, seja por furtos ou falta de energia. Para o consumidor final, a vantagem é contar com um serviço de maior qualidade, com menos riscos de interrupções.
Por trás da ideia de energia inteligente, está toda uma engrenagem que revoluciona o mercado de energia elétrica, fazendo da tecnologia uma aliada no desenvolvimento de soluções como:
- AMI (Advanced Metering Infrastructure): Medição remota, monitoramento do perfil de consumo do usuário, corte/religa automáticos;
- Automação de rede: funcionalidades de self healing, manobras da rede de forma automática ou automatizada;
- Bandeira branca: possibilidade do usuário ser tarifado conforme o horário em que usa a energia, reduzindo o consumo em horários de pico.
Em países da América do Norte, Europa e Ásia, a Smart Energy é realidade. Tudo a partir de uma infraestrutura que dá suporte a redes extremamente resilientes, com capacidade de self healing para manter o fornecimento de energia praticamente sem interrupções ou oscilações. A operação é feita por times altamente especializados, mas menores. Isso porque a gerência de todos os sistemas automatizados acontece a partir de centrais de comando que devem exigir cada vez menos trabalhadores.
E no Brasil, que análises podemos fazer sobre o setor elétrico? A que passos caminha a Smart Energy?
O panorama nacional do setor
Apesar da Smart Energy ainda ser incipiente, as utilities brasileiras têm previsto grandes investimentos para o desenvolvimento e a modernização do mercado elétrico. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) colocam metas a serem alcançadas por estas empresas, a fim de manter as concessões.
Porém, um dos maiores desafios do setor está em investir na modernização da rede, sem aumentar os custos operacionais. É um processo no qual o aporte de capital é elevado e grande parte das soluções são importadas, sofrendo com a variação cambial.
Do ponto de vista de telecom, o entrave está na busca de garantia de espectro para que as necessidades das utilities sejam atendidas com segurança. Como dizem respeito a serviços essenciais (chamados de missão crítica), é preciso aliar alta disponibilidade e segurança, a fim de evitar a ação de hackers.
E quais passos o Brasil precisa tomar para garantir um futuro melhor para o setor?
Os perigos e alternativas
Antes de mais nada, um bom plano. Com o aumento incessante da demanda do mercado energético, uma falta de planejamento pode impactar gravemente na economia do país. Caso nada seja pensado para minimizar os impactos desse crescimento, teremos a redução da capacidade produtiva das indústrias, o que poderá levar aos rodízios e às falhas no fornecimento de energia.
Sendo assim, para que o aumento da demanda seja atendido com qualidade, dois pontos fundamentais precisam ser atendidos: o reforço da infraestrutura de transmissão e distribuição e o incremento da capacidade de geração.
Quando se fala na complementação da infraestrutura de transmissão e distribuição, as redes no Brasil não estão prontas para um aumento tão significativo na carga. Isso significa construir novas linhas e trocar o cabeamento de toda rede de distribuição nacional.
No que se refere à expansão, fica claro que o país não tem muito como crescer na capacidade produtiva em hidrelétricas. Entretanto, as termoelétricas são uma solução cara e poluente, e a nuclear, apesar de “limpa”, apresenta riscos e é sempre controversa. Surgem, então, as fontes de energias renováveis, como eólica e fotovoltaica (solar).
A aposta no potencial renovável
É aí que entra em cena a saudável ligação entre geração renovável e as ferramentas de Smart Energy, que dão suporte a processos mais inteligentes e sustentáveis de geração energética. Enquanto os mecanismos tradicionais já estão razoavelmente explorados, as fontes renováveis ainda têm bastante potencial a aproveitar, com a ajuda dos mecanismos inteligentes.
China, Índia, EUA, Espanha, Alemanha, Itália e tantas outras nações do norte da África e Oriente Médio têm investido na implantação de plantas solares e eólicas, em larga escala. É uma mudança na relação entre geração e consumo.
A energia solar, por exemplo, é uma boa alternativa por ser o modo mais fácil de geração distribuída e autogeração. Nesse sistema, o consumidor produz sua própria energia, minimizando perdas de transporte e custos para prover infraestrutura.
Quando se fala em energia fotovoltaica ou eólica, algumas empresas de geração estão aproveitando infraestruturas existentes, como usinas hidrelétricas, que já estão conectadas ao grid. Ao se instalar uma usina fotovoltaica na represa de uma hidrelétrica, a base de transmissão é aproveitada e reduz o consumo da água da represa.
É a solução para um conhecido dilema, quando se fala em geração eólica no Brasil. O Nordeste se caracteriza por alta insolação e períodos contínuos de vento apontam as energias renováveis como uma excelente alternativa. Mas está longe de regiões de grande consumo, como o Sudeste. Uma situação equacionada com a diminuição do consumo de água nas represas.
A CelPlan e a Smart Energy
E, em se tratando de expandir a adequação do sistema elétrico brasileiro a todos esses fundamentos de energia inteligente, empresas de serviços públicos de eletricidade enfrentam o desafio de expandir sua capacidade. Como efeito colateral, suas redes de comunicações internas precisam ser totalmente atualizadas, a partir da inserção de ferramentas tecnológicas.
A CelPlan, empresa com larga experiência na análise, planejamento e implantação de tecnologias de comunicação, oferece excelentes soluções voltadas ao conceito de Smart Energy. Isso se dá por meio de uma extensa análise de ponta a ponta do sistema para as grandes empresas de energia.
Trata-se de uma avaliação de toda a infraestrutura de telecomunicações atual, com foco no alinhamento às tendências e previsão de necessidades futuras. Isso se dá por meio de um plano diretor de telecom, garantindo que a utility estará preparada com tecnologias aderentes e prontas para as necessidades que virão.
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