Entenda como as cidades inteligentes são uma das formas mais explícitas do impacto das redes sem fio na vida de todos

A transformação das redes pública e privada tem criado possibilidades para o surgimento de mais cidades inteligentes. Trata-se de uma tendência do mundo transpassado pela tecnologia e pela rede mundial de computadores — a internet.

O avanço digital proporciona inúmeras transformações de impacto político, social e econômico, trazendo benefícios para pessoas físicas e jurídicas, e para o setor público, englobando empresas de todos os portes.

Apesar do conceito de Cidade Inteligente (Smart City) ter sido cunhado lá na década de 1980, ligado ao Novo Urbanismo e à era Pós-Digital, foi nos últimos cinco anos que o termo ganhou mais força e foi ressignificado com base na evolução tecnológica de impacto coletivo.

Isso tem tudo a ver com as redes, ou seja, as coisas conectadas; sejam amigos, familiares, documentos de justiça, protocolos de governo, empresas, computadores, dispositivos móveis… Tudo pode estar conectado graças às redes.
Em uma rede privada, computadores são conectados compartilhando seus IPs semelhantes, com variações de alguns números, lembrando que cada computador tem seu número de identificação (IP) exclusivo. Portanto, uma rede pode ser formada por apenas dois dispositivos ou milhões, tantos quantos forem necessários.

As redes sem fio provaram que dois ou mais dispositivos podem estar conectados em diagrama de rede, sem uso de equipamentos sofisticados ou caros.

Já a internet é a maior rede de todas, de caráter público, porque contém todas as redes privadas dentro de seu domínio interconectadas. Logo, a internet é feita de pequenas redes privadas, que são quaisquer redes cujo acesso seja restrito.

Redes privadas e a imensa rede pública (internet) evoluíram ao ponto de modificar a forma como as pessoas se relacionam, habitam e coabitam, constroem suas vidas e entendem o que é estar em sociedade.

As redes sem fio e as Cidades Inteligentes

Cidades Inteligentes (Smart Cities) são as que usam a tecnologia para melhorar a vida de todos, amparando seu desenvolvimento e sua estrutura política, social e econômica. Não basta apenas implantar sensores de IoT para monitorar o trânsito em tempo real, por exemplo. Cidades inteligentes privilegiam espaços verdes, sabendo o quanto isso reverte em vantagens para o coletivo e também para a saúde financeira do município; priorizam meios de transporte alternativos, como a bicicleta e os veículos elétricos – preferencialmente com opção de bateria de luz solar; valorizam a colaboração e o senso de pertencimento em todos os bairros e distritos.

O conceito de Smart City vem de governos e sociedades mais avançadas, em que a tecnologia é um instrumento para viabilizar a qualidade de vida. São mais do que espaços urbanos demarcados em territórios, e sim arranjos urbanos que utilizam tecnologia de ponta de forma a priorizar as pessoas, com base na inclusão social, na diminuição das desigualdades e na sustentabilidade. Cidades inteligentes devem ser seguras, autorregulatórias, colaborativas, integradas ao ecossistema natural e resilientes. Do contrário, são apenas polos tecnológicos excludentes onde vivem pequenos grupos de pessoas privilegiadas.

O tema está em alta porque o desenvolvimento urbano é uma preocupação de todos os países, de todos os continentes, independentemente de sua configuração geográfica e climática, de suas riquezas naturais ou produzidas.

Velhas questões de desigualdade começaram a ser reificadas com a aplicação das redes sem fio de forma pública nas cidades e com a ampliação do alcance das redes privadas “amigas”, como escolas, órgãos públicos, ambiente de trabalho, parques etc. Ficou claro que a infraestrutura para as redes privadas e públicas (internet) é assunto de base para qualquer gestão que pense em progresso. A visão de integração pelas redes passou a ser básica, e não mais um plus de administrações mais “antenadas”.

Exemplos de cidades inteligentes com alta conectividade

Para implementar uma cidade inteligente, é preciso ter infraestrutura de conectividade segura. São milhares de dispositivos, sensores, computadores, semáforos proativos, câmeras, entre outros conectados o tempo todo. Ou seja, não é um tipo de desafio simples para alguns municípios, ainda mais se pensar num país continental como o Brasil.

A coordenadora-geral de Transformação Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Eliana Emediato, afirma que, para além da conectividade, a capacitação das pessoas para lidar com a tecnologia, seja em ambiente doméstico ou em atuação profissional, é ainda um gargalo importante.

No Brasil, o corte é feito em cidades acima ou abaixo dos 100 mil habitantes, porque, de acordo com o Centro de Estudos em Administração Pública e Governo (CEAPG) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), trata-se de uma fronteira onde há menos ou mais competências político-administrativas e institucionais de tecnologia que estão mais próximas de implementar infraestrutura de conectividade avançada e plena.

É ponto de concordância que a infraestrutura digital é o elemento que demanda maior investimento de capital e custos operacionais ao poder público, ainda que conte com o respaldo de cada vez mais empresas privadas. Mesmo assim, algumas cidades inteligentes brasileiras se destacam em quesitos, como a mobilidade urbana, graças às redes e ao uso cada vez mais popular da IoT.

São Paulo, a primeira colocada no ranking nacional, conta com ciclovias estruturadas e semáforos inteligentes, além de uma cobertura em áreas públicas de banda larga para 99,8% da população.

A segunda colocada, Florianópolis, tem sistema de bilhete eletrônico nos transportes públicos, 28,3 km de ciclovias para cada 100 mil habitantes e semáforos automatizados.

No Nordeste, Fortaleza conta com o projeto Smart City Laguna, um bairro totalmente automatizado para oferecer os melhores serviços e a melhor infraestrutura de mobilidade aos moradores. O projeto tem previsão de extensão para o estado do Rio Grande do Norte, além de outros países.

Se o olhar se voltar ao exterior, alguns locais realmente estão à frente do seu tempo — como é o caso de Turim, na Itália, que conta com frota de transporte público com condução autônoma, internet livre e rápida em qualquer ponto da cidade, integração de sistemas de água e esgoto inteligente, além da coleta de lixo totalmente informatizada desde outubro de 2022.

Turim é um dos exemplos de cidades bem-sucedidas graças aos recursos de financiamento do programa europeu para a inovação 2020, que envolve aplicativos personalizados, automação em massa e redes democráticas para todos os cidadãos. Além dela, figura Cingapura, Copenhague, Londres, Dubai e Barcelona como exemplos de cidades inteligentes.

Implementando redes públicas e privadas

Para que redes pública e privada tenham impacto positivo e investimentos assertivos, é necessário que as gestões públicas criem projetos realistas, com estratégias bem pensadas e calculadas. Os desafios são inúmeros e passam por investimentos e capacitação, entre outros possíveis entraves.

Mas a melhoria na qualidade de vida e no atendimento das demandas da população por si já justificaria o aporte de recursos. Somando à manutenção e transformação dos índices ambientais para um patamar positivo, é mais do que um conjunto de razões robustas para que todos os espaços urbanos queiram ser cidades inteligentes em curto e médio prazo.

Com a tecnologia, é possível alcançar níveis de eficiência em todos os aspectos de gestão, com destaque para:

  • otimização de recursos;
  • integração das fontes de informação tanto da rede pública como da rede privada;
  • redução dos impactos ambientais;
  • tomadas de decisão mais humanas e estratégicas, utilizando a acessibilidade aos dados;
  • atração para novos negócios e investidores, o que contribui com o avanço econômico e social;
  • facilidade de monitoramento em tempo real, o que garante maior segurança e agilidade em situações emergenciais.

Ferramentas necessárias para o futuro da conectividade

Algumas ferramentas são fundamentais para o futuro da conectividade. É o caso do CellSpectrum™, que é um analisador de espectro georreferenciado, definido por software, que coleta o espectro capturado pelo CellDigitizer™ e o processa.

Trata-se de uma tecnologia impulsionada pelo aumento do uso do 4G e 5G, sistemas de antenas inteligentes e uso ampliado dos small cells.
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